Project Details
Description
O Exame Celpe-Bras tem por objetivo testar o uso da língua portuguesa através de tarefas que integram compreensão e produção em diferentes gêneros
discursivos. De acordo com a perspectiva bakhtiniana de gêneros discursivos,
podemos dizer que as tarefas que integram leitura e produção textual, por exemplo, exigem que o candidato assuma uma determinada posição de leitor e que, através da explicitação de informações obtidas na leitura, assuma uma
determinada posição de autor e dirija seu texto a um interlocutor específico para cumprir um propósito de escrita. Nosso objetivo aqui é discutir o conceito bakhtiniano de dialogicidade e as implicações da explicitação (ou não) da
relação dialógica proposta pela tarefa para o estabelecimento de critérios de correção dos textos. Para isso, analisamos uma amostra de 4 tarefas de leitura e escrita, aplicadas a 36 alunos matriculados no Programa de Português para Estrangeiros. A análise focaliza: a) as orientações das tarefas relativas às posições de leitor e de autor que devem ser assumidas; b) as marcas usadas nos textos para a explicitação da relação dialógica proposta; c) os critérios utilizados nas grades de correção. Os resultados sugerem que, para que o candidato possa demonstrar a habilidade de leitura de acordo com o que é esperado, é necessário que o interlocutor indicado no enunciado da tarefa justifique explicitar a informação do texto lido: quanto mais familiar a relação dialógica proposta, menos se justifica a exigência de explicitar o que, neste caso, poderia ser entendido como pressuposto. Conclui-se que, na perspectiva de uso da linguagem adotada pelo exame, a relação dialógica é fundamental para o cumprimento das tarefas propostas. Esses resultados contribuem para estabelecer critérios para a construção de tarefas e grades de correção, o
que pode conferir maior validade a instrumentos de avaliação de desempenho, como o Exame Celpe-Bras. (PIBIC).
discursivos. De acordo com a perspectiva bakhtiniana de gêneros discursivos,
podemos dizer que as tarefas que integram leitura e produção textual, por exemplo, exigem que o candidato assuma uma determinada posição de leitor e que, através da explicitação de informações obtidas na leitura, assuma uma
determinada posição de autor e dirija seu texto a um interlocutor específico para cumprir um propósito de escrita. Nosso objetivo aqui é discutir o conceito bakhtiniano de dialogicidade e as implicações da explicitação (ou não) da
relação dialógica proposta pela tarefa para o estabelecimento de critérios de correção dos textos. Para isso, analisamos uma amostra de 4 tarefas de leitura e escrita, aplicadas a 36 alunos matriculados no Programa de Português para Estrangeiros. A análise focaliza: a) as orientações das tarefas relativas às posições de leitor e de autor que devem ser assumidas; b) as marcas usadas nos textos para a explicitação da relação dialógica proposta; c) os critérios utilizados nas grades de correção. Os resultados sugerem que, para que o candidato possa demonstrar a habilidade de leitura de acordo com o que é esperado, é necessário que o interlocutor indicado no enunciado da tarefa justifique explicitar a informação do texto lido: quanto mais familiar a relação dialógica proposta, menos se justifica a exigência de explicitar o que, neste caso, poderia ser entendido como pressuposto. Conclui-se que, na perspectiva de uso da linguagem adotada pelo exame, a relação dialógica é fundamental para o cumprimento das tarefas propostas. Esses resultados contribuem para estabelecer critérios para a construção de tarefas e grades de correção, o
que pode conferir maior validade a instrumentos de avaliação de desempenho, como o Exame Celpe-Bras. (PIBIC).
Status | Finished |
---|---|
Effective start/end date | 1/06/07 → 31/12/09 |
Links | http://hdl.handle.net/10183/52007 |
Fingerprint
Explore the research topics touched on by this project. These labels are generated based on the underlying awards/grants. Together they form a unique fingerprint.